quinta-feira, 31 de março de 2011

Fibonacci: Expansao, Retracao. Análise Técnica - Bolsa de Valores - Mercado de Capitais

Fibonacci nos Mercados
 
O aproveitamento do conhecimento discorrido até agora no mercado se dará de forma agregada, ou seja, tentará se utilizar de todos ao mesmo tempo para comprovar a eficácia da análise técnica e a sua coerência entre si, com por exemplo o uso de Candles, de médias móveis e das ondas de Elliott.

Retracao de Fibonacci nos Mercados
 
Terminação usada na análise técnica que se alude a expectativa de que o preço de um ativo financeiro recue numa grande proporção do movimento original deparando-se com o suporte ou a resistência nos pontos de Fibonacci antes que ele continue na direção original.
Esses níveis são cunhados desenhando uma linha entre dois pontos extremados e logo dividindo a distância vertical pelas proporções de Fibonacci de 23,6%, 38,2%, 50%, 61,8% e 100%. As proporções mais corriqueiras são as de 61,8% e seu complemento, 38,2%.
A retração de Fibonacci é um utensílio muito conhecido, usado por muitos traders especialistas para auxiliar a identificar níveis estratégicos de operações, objetivos de preços ou de perdas e/ou lucros (stop loss - stop profit).
A noção de Retração de Fibonacci é usada em muitos indicadores como, principalmente, a teoria das Ondas de Elliott e os próprios Candles.
O gráfico abaixo mostra o índice Bovespa, na periodicidade diária, ou seja, cada candle é um dia de negociação, de Janeiro à Maio de 2008.

IBOV - Índice Bovespa - Diário
Os pontos 1 e 2 foram utilizados para marcar uma possível onda 1 de Elliott, e como se esperava, o índice corrigiu até a região de 38,2%, a marcação 3 no gráfico. Esse tipo de movimento na análise técnica é conhecido como pivô de alta. Nota-se ainda que, no ponto 3 onde o candle testa a região de 38,2%, a formação do candle é hammer, quase um doji, ambos de fim de tendência e reversão.

Então depois de respeitar a região de 38,2%, seguiu firme até a região de 161,8%, ou seja, a projeção de Fibonacci de 61,8% do movimento de alta denotado por 1 e 2.

Esse tipo de análise é conhecida por retração de Fibonacci. A cada onda de alta, espera-se uma correção ou em 61,8% ou em 38,2%. O oposto é válido também, ou seja, a cada onda de baixa, espera-se uma correção de alta em torno de 38,2% ou 61,2%.

ABYA3 - Abyara ON - Semanal
 
O gráfico acima mostra o comportamento da Abyara, onde teve-se um movimento corretivo iniciado no dia 02 de Julho de 2007 e o comprimento da onda 1, ou seja, 100%, teve uma correção positiva em 38,2%, que se pode entender como uma realização de lucros, e então teve o movimento mais intenso, chegando à 161,8%, ou a onda 3 de Elliott. Percebe-se no cumprimento de 161,8% da correção, teve-se um candle de indecisão, sinalizando uma possível reversão de tendência, que não foi respeitada.

GOAU4 - Gerdau Met PN – Mensal
 
No gráfico acima referente à Gerdau Met, tem-se o cumprimento da onda 1 de Elliott, com uma correção de 38,2% do movimento de alta, para acumular forças e alcançar o objetivo da onda 3, que seria 161,8% sinalizado no gráfico. Percebe-se um cumprimento quase que milimétrico, ficando bastante evidente pontos de ótima entrada no ativo.

PETR4 - Petrobrás PN - Intraday - 60 minutos
 
No gráfico acima, tem-se a Petrobras no dia 28 de Agosto de 2008, teve-se no momento da abertura até as 13:00 horas o fim da onda 1 corretiva, e teve-se uma correção de 61,8%, marcado em amarelo no gráfico, coincidindo com um candle de reversão, o hammer ou martelo invertido. Mais uma vez teve-se uma ótima oportunidade de entrada, nesse caso, uma operação de venda no ativo, de um pouco mais de 1% em um pouco mais de 1 hora de mercado.

USIM5 - Usiminas PNA - Intraday - 15 minutos
O gráfico acima refere-se ao ativo Usiminas, na periodicidade de 15 minutos, do dia 27 de Agosto de 2008, após abrir o dia em GAP, o ativo teve uma queda de aproximadamente 1 hora, ou os 4 primeiro candles, preenchendo assim o buraco de negociações, e logo em seguida recuperou-se e inverteu a tendência, para cima agora. Nesse movimento traçou-se a onda 1, ou os 100%, e projetou-se a retração de 61,8%, e em amarelo, no gráfico, como pode ser visto, ouve o cumprimento do movimento corretivo, com um candle do tipo hammer ou martelo invertido sinalizando reversão de tendência. Mais uma vez tem-se uma ótima oportunidade de entrado no ativo, e ainda projetou-se a região de 261,8% que foi cumprida no dia seguinte, após abertura em GAP e o preenchimento do mesmo.

Nota-se que nesse tipo de estratégia de mercado, tem-se diversas vezes o cumprimento quase que milimétrico, possibilitando assim um gerenciamento de capital mais rigoroso e um controle de estope mais curto. Com isso, abre-se um leque de oportunidades de compra e venda no mercado, independentemente da periodicidade analisada, trabalhando assim com um Risco/Retorno (Risc/Reward) muito mais elevado, ou seja, diminui-se o risco e aumenta o retorno, possibilitando um maior rendimento e sobrevivência no longo prazo, com ganhos acima da média do mercado.

Expansão de Fibonacci nos Mercados

 
As expansões de Fibonacci são na verdade um complemento à retração de Fibonacci, como já visto anteriormente, e servem basicamente para projetar possíveis objetivos para o ativo assim como regiões de suporte e resistência.

Quando se confirma um pivô de alta ou baixa, sob uma resistência ou suporte nos níveis da retração de Fibonacci, pode-se projetar uma expansão inicial de 161,8 de Fibonacci, do ponto inicial, ou seja, a onda 1 de Elliott. Caso o ativo venha a buscar esse objetivo de 161,8%, estará caracterizada a onda 3 de Elliott.

Outros níveis de expansão de Fibonacci usados com freqüência são os de 261,8% e 423,6%. Acima disso fica muito esticada a projeção e muitos traders deixam de usar, mas não que não se encaixam no cenário. Além disso, os níveis de retração são pouco utilizados, mas também surti efeito positivo. Por exemplo, o nível de 138,2%, 150% ou 238,2% são usados mais no caso do trader precisar ou querer um objetivo mais curto e conseqüentemente mais plausível, e com isso aumentar seu índice de Risco/Retorno.

ITAU4 - Itaubanco PN - Diário
O gráfico acima mostra as oscilações no preço das ações preferenciais do banco Itaú, do dia 28 de Março de 2008, e tem-se marcado em 1 o fundo, em 2 o movimento de alta e em 3 o movimento corretivo. Caracterizou-se um pivô de alta e foi projetado o nível de 161,8% de Fibonacci e pôde se perceber o cumprimento, marcado com o número 4 o fim da onda 3 de Elliott.

CESP6 - Cesp PNB - Diário
 
No gráfico acima da Cesp, do dia 04 de Janeiro de 2008, tem-se marcado em 1 o topo, em 2 movimento corretivo de alta, e em 3 a confirmação do pivô de baixa. Percebe-se que, no meio da onda 3 de Elliott, especificamente no dia 24 de Março, houve o leilão das ações da companhia, que por sinal foi um fracasso, e desencadeou todo um movimento especulativo devido a privatização da companhia. Percebe-se que, todo o movimento especulativo praticamente dissipou-se no nível de 261,8% de Fibonacci.

IBOV - Índice Bovespa - Diário
 
No gráfico acima do índice Bovespa, do dia 19 de Julho de 2007, tem-se marcado em 1 o topo, em 2 o movimento corretivo e em 3, a caracterização do pivô de baixa. A continuação do movimento de baixa se deu até a expansão de Fibonacci de 423,6%, coincidindo com a mínima de um martelo (hammer) para daí reverter a tendência.

BNCA3 - Nossa Caixa ON - Diário
No gráfico acima do banco Nossa Caixa, do dia 16 de Abril de 2008, tem-se um modelo um pouco diferente. O ativo não chegou a ter um pivô de confirmação forte, ou seja, da onda principal. O fato é o seguinte: No dia 21 de Maio de 2008, depois do fechamento do pregão, foi liberado uma nota sobre a intenção de compra do banco Nossa Caixa pelo o banco do Brasil. Como era de se esperar, o dia seguinte foi de euforia e abriu-se em GAP o ativo. O interessante é que abriu na região de 261,8% de Fibonacci, e depois da confirmação da compra efetivamente, o ativo chegou a bater a projeção de 423,6% de Fibonacci.

KLBN4 - Klabin S/A PN - Diário
No gráfico acima da Klabin S/A., do dia 17 de Julho de 2007, tem-se em 1 o topo e o início do movimento baixista. Em 2 tem-se uma pausa do movimento de baixa e uma retomada da alta, uma correção que durou até o ponto 3, onde se caracterizou um pivô de baixa, e assim tendo continuação do movimento de baixa, até atingir a região de 138,2% de expansão de Fibonacci.

BTOW3 - B2w Varejo On – Diário
 
No gráfico acima da B2w, do dia 05 de Março de 2008, tem-se em 1 o topo, em 2 o fim ou a pausa do movimento de baixa, e em 3 a caracterização de um pivô de baixa. O ativo retomou a o movimento baixista, respeitando assim a média móvel de 25 exponencial, marcado em amarelo tracejado no gráfico e buscou a região de 150% de Fibonacci.

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